Existe uma certa ética nos banheiros masculinos. Explico. Tem algumas pessoas aqui na agência que eu cruzo todos os dias, mas que a gente nunca trocou nenhuma palavra.
Agora, sempre que encontro essas pessoas no banheiro a gente se cumprimenta. Mas só no banheiro.
Sabe quando dois motoqueiros desconhecidos param no semáforo, um olha pro outro e balança a cabeça? Pois é, no banheiro masculino é igualzinho (sem as motos, de preferência). Se você tá fazendo xixi naquele “trequinho grudado na parede” e alguém chega do seu lado pra fazer xixi, você olha o vizinho nos olhos, acena com a cabeça e volta para o seu xixi (um detalhe importante: o contato visual sempre se restringe ao Olho no Olho. Até porque, nessa hora, olhar para qualquer outra parte pode ser mal interpretado.
Eu particularmente tenho um grande problema com essa coisa de banheiros coletivos.
Sempre que vou fazer xixi e alguém ocupa o espaço ao lado, eu travo na hora. Aí não adianta pensar em torneira aberta, cachoeira, nem tsunami. É seca total. E o pior, sempre quando eu travo, o cara ao lado pressentindo minha inferioridade manda aquele jatão bonito…chólólólólólólólóló. Uma hora descarregando, um verdadeiro Niágara urinário, o diabo parece que tem mais líquido na bexiga do que um carro pipa. É humilhante.
Agora, o que eu gosto mesmo é quando você vai no banheiro de um bar e eles colocam pedrinhas de gelo no mictório. Você vai fazendo xixi…vai derretendo o gelinho… parece um joguinho!! É uma verdadeira terapia.
Quando eles colocam limão, também é bem legal. Você escolhe uma das rodelas de limão, imagina que é o Luke Skywalker pilotando uma nave e dispara seus Raios X nas rodelas.
Aliás, dia desses eu estava atacando um gelinho com minha nave de raios x, quando um tiozinho sacou uma nave mãe bem do meu lado. Não que eu tenha reparado, mas o treco saindo de dentro da calça do véio me lembrou aquela cena de Independence Day quando a nave vai surgindo…surgindo… surgindo…e nunca chega ao fim. Ficou pequeno pra minha navezinha do Luke Skywalker.
Bom, não precisa nem dizer que eu travei e ele: chólólólólólólólólólólólóló….acabou com todos os gelinhos e, se bobeasse, o bicho ainda derretia toda uma calota glacial num piscar de olhos.
Mas, desses joguinhos de banheiro, um que eu gosto mesmo é empurrar algum pentelhinho perdido para dentro do ralo com o xixi. Mas esse requer uma precisão cirúrgica e não recomendo a principiantes.
Apenas para encerrar, lembro o dia que um amigo meu estava em um show de heavy metal e foi no banheiro do local fazer o número 2. Chegando lá, todas as cabininhas onde ficam as privadas estavam fechadas. Desesperado, ele não pensou duas vezes. Se sentou naquele “trequinho pendurado na parede” que serve exclusivamente para o xixi e fez o serviço. Mas apesar da situação delicada, ele manteve a etiqueta e acenou com a cabeça para o rapaz ao seu lado (sempre com olho no olho) comentando com altivez.
- Puta show. heim?
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
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Um comentário:
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA...meuuu, vc acredita que eu achei que era a única que tinha xixi envergonhado no mundo??? Juro! Se tiver alguém na cabine ao lado...FODEU! Se tiver fila, então...desisto e vou pra casa. Q inferno!
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